que o ano novo acolha a minha solidão com menos preparo e menos interesse.
que no ano que segue minhas escolhas afetivas não comprometam tanto meus caminhos.
que a vida me reserve um espaço onde rir-e-fazer-rir seja minimamente elementar.
que todas as pessoas que sofrem no mundo tomem um raio e morram de uma vez.
principalmente as de amor, doença pra qual aparentemente jamais existirá cura.
sejam felizes longe de mim.
sábado, 31 de dezembro de 2011
quarta-feira, 28 de dezembro de 2011
Nothing changed, I still love you
sábado, 24 de dezembro de 2011
terça-feira, 20 de dezembro de 2011
test results
it says 'life maneging level: awkward.
congrats for all your future losses, low achievements and worthless efforts to play right.'
'silence must indeed be your deal.
it's indeed the deal of all those meant to speak to nobody.
feel embraced by this silent but very welcoming group of people willing to love but unable to say hi.'
it is the next-day smell of your perfume attached to ma fingers what is telling me this right now.
thank you so much, fingers.
congrats for all your future losses, low achievements and worthless efforts to play right.'
'silence must indeed be your deal.
it's indeed the deal of all those meant to speak to nobody.
feel embraced by this silent but very welcoming group of people willing to love but unable to say hi.'
it is the next-day smell of your perfume attached to ma fingers what is telling me this right now.
thank you so much, fingers.
quinta-feira, 15 de maio de 2008
Tua Roupa
E desde então visto a tua roupa nos dias em que me sinto vazio, vazio de significado, vazio de vontades, de objetivos, de crenças, de idéias, de criatividade. Visto, porque o espelho aqui em casa fica numa altura bem baixinha, porque preguei assim - de repente por algum motivo, de repente por motivo algum - e nunca me dignei a arrumar e, bom, com o espelho baixinho assim eu posso mentir que sou tu, porque ele não reflete o meu rosto, só o meu peito, só a tua camiseta, e assim posso fingir que sou assim, belo e interessante como tu, ao menos enquanto uso essa tua camiseta velhinha, que tu usa pra dormir, e que tu usou pra dormir no meu sofá, enquanto eu te olhava sonhar, e tu devia estar sonhando um sonho bonito: vezenquando tu sorria dormindo. De repente, enquanto tu dormia, tu estivesse lembrando da noite que a gente passou rindo das pessoas na TV, da dublagem do filme, como era ruim aquela dublagem. Mas agora tu tá longe, vendo teus filmes legendados de diretores desconhecidos, lendo teus livros em russo ou em francês ou em inglês ou em espanhol ou quem sabe em português, conversando com o teu amor sobre tudo aquilo que eu gostaria de estar conversando contigo, mas que jamais poderia, porque o teu amor também vê filmes legendados de diretores alternativos, e também manja alguma coisa de línguas estrangeiras, e também consome as bebidas caras do zaffari e bom, depois de vocês falarem de tudo isso, coisa que eu, que se quer lembro qual foi o último livro que li na vida, coisa que eu, com o meu aluguel atrasado, de um apartamento de dois cômodos sem qualquer atrativo exceto uma tevezinha catorze polegadas preto-e-branco, um sofá rasgado e uma cama de solteiro com um colchão furado, coisa que eu, que nunca fui no cinema desde que mudei para esta merda de cidade somente pra me ver longe de ti, porque te ver como te via sem poder te possuir só me machucava, só me fazia sentir impotente, menor, estúpido, enfim, coisa que eu não seria capaz de falar - depois de tudo isso vocês ainda vão pra tua cama de casal, a tua cama box, macia e confortável do jeito que só o teu dinheiro poderia pagar, e nela vocês fazem coisas que eu, e disso tenho plena consciência, precisaria nascer de novo pra fazer contigo.
quinta-feira, 8 de maio de 2008
Assinar:
Postagens (Atom)